Chris Argyris, o falecido pesquisador e professor de liderança da Harvard University, há algum tempo publicou um ensaio titulado Teaching Smart People How to Learn (Ensinando Pessoas Inteligentes Como Aprender).
Pesquisando as maiores empresas de Nova Iorque, ele descobriu que até as pessoas mais inteligentes têm dificuldades de receber feedback. Isso acontece por conta do ele chamou de “raciocínio defensivo”, que provém do medo de se sentir vulnerável ou ser visto como incompetente.
Recentemente tive uma interação interessante com um colega online. Após dar um feedback sobre um erro gramatical de inglês num conteúdo publicado no seu perfil, ao invés de um agradecimento, recebi uma admoestação. O interessante é que, embora minha observação tenha sido apagada, o conteúdo com o erro permaneceu no ar. Vai entender!
Minha interação me fez revisitar os insights de Chris Argyris que havia lido anos atrás. De acordo com Argyris, grande parte de nós possuímos uma “teoria adotada” (como queremos que outros pensem que somos) e uma “teoria em uso” (como realmente somos). Ele resume que pessoas que raciocinam defensivamente “constantemente agem inconstantemente” e ignoram feedback pelo medo de expôr sua incompetência.
Argyris alerta que nós líderes precisamos ser mestres da autorreflexão e autoconsciência. Que precisamos ser capazes de identificar se a nossa teoria em uso condiz com a teoria adotada, e se estamos operando através do raciocínio defensivo.
Há um ditado em inglês que diz; “A leader is always a learner” (um líder é sempre um aprendiz). E você? Será que sua teoria adotada condiz com a teoria em uso? Seria capaz de identificar se utiliza raciocínio defensivo quando recebe feedback?
André Rocha
Meu nome é André. Eu sou pastor e missionário atualmente morando em San Diego, nos EUA. Eu vivo para cruzar culturas, consumir café e comunicar de Cristo. Igreja e missões são importantes para mim. Tenho um Bacharel em Teologia com especialização em Missões Urbanas pela Faculdade Teológica Sul Americana em Londrina, no Paraná e também um Mestrado em Estudos Interculturais pelo Fuller Theological Seminary que fica em Pasadena, na Califórnia.